Escrevo este texto ao som de uma bela música, daquele que foi o maior e melhor duo musical da música portuguesa, “De Mulher para Mulher”, by Romana feat. Ágata. Pois esta música no fundo fala da traição da vida, das rasteiras que ela nos prega e de como é encontrar alguém que passa pelo mesmo que nós, alguém que sente como nós sentimos, alguém que tem um caminho percorrido como o nosso com tantas desilusões, como que cheio de piropos mandados e quando olhamos para trás só pensamos: “ui que marmota de Satanás, volta pró buraco donde saiste”.
E conhecer a Maria, foi como conhecer a metade da minha alma, numa tarde fria e chuvosa, como a própria da vida, mas vi, no seu olhar e aparência petiz uma luz que me era familiar e quente, vi nos seus olhos o espelho do meu Ser. Maria era a minha Ágata e eu soube naquele momento que eu era a sua Romana, juntos iríamos partilhar tanto, mas tanto…ora, e foi assim, como a música das supra referidas fofas que me senti quando conheci a Maria. Um alguém que tinha uma vivência semelhante à minha, alguém a quem poderia contar tudo e ela compreenderia perfeitamente, pois algures na sua existência tinha passado pelo mesmo.
É na Maria que oiço a voz amiga quando preciso ser ouvido, é na Maria que confio todos os meus segredos e teorias elaboradas a partir da realidade que nos rodeia, é na Maria que encontro a companheira para uma gargalhada à custa de outrem, e seria na Maria que encontraria a mulher da minha vida…se eu não fosse tão gay como uma lantejoula num casaco da Cher.
O facto é que a Maria me completa e com ela sou um bocadinho mais perfeito, com ela definitivamente sou muito mais feliz, com ela a vida é tão mais interessante.
Maria é uma jovem, extremamente inteligente, bem mais do que eu, muito atenta ao mundo , consegue decifrar qualquer um, consegue saber o que quer que seja, e tem consigo meios e métodos de encontrar qualquer pessoa, qualquer blog, ou qualquer informação que lhe interesse. Jocosamente às vezes trato-a por “stalker”, mas ela é mais subtil que isso.
Maria é esperta, atenta, perspicaz e ávida de Conhecimento, por isso dentro das minhas possibilidades abri-lhe os olhos para ela poder distinguir os rapazes com quem poderia ter sorte, dos rapazes com quem ela só conseguiria tomar chá e comer scones.
Eu e a Maria ainda temos muito que viver, mas decidimos entrosar-nos nesta experiência e publicar as nossas experiências e tropeções, a modos que como uma menage blogger, dar-nos a conhecer, e se possível fazer sentir ao car@ leit@r que não está sózinh@, nós estamos aqui e de alguma forma vivemos todos um pouco algo parecido.
